domingo, 25 de agosto de 2019

Bolsonaro e as suas queimadas

Há a suspeita de que grupos de criminosos travestidos de fazendeiros teriam estipulado ações conjuntas para destruir a floresta, num chamado "Dia da Queimada". O impacto na economia que essas ações desastradas desses imbecis pode causar é gigantesco. A fiscalização ridícula. Os órgãos de controle desse tipo de tragédia estão manietados pela boca fétida do Palhaço Presidente - e pela restrição orçamentária, que é brutal. Quando o ministério público concluir pela ação criminosa, de nada servirá. Um, porque o estrago já é irreversível. Em outro plano, vemos que a punição é estimulante. Penas irrisórias e multas que nunca são pagas. Desmatar vem sendo recompensado pela inação do Estado brasileiro. Pena que a conta já está chegando. Seca em SP, no RS... Quem imaginaria tal tipo de evento? Com o fim da floresta, meus prezados, muita coisa irá mudar na dinâmica da dispersão das águas pelo nosso Brasil (Brazil de Bolsonaro). Plantadores de soja, de cana etc. que se preparem. A coisa irá ficar SECA.
Tamanha é a gravidade do quadro, que o próprio Presidente Ridículo, que outro dia se chamava "Capitão Motosserra", resolveu diminuir o tom de suas bravatas imbecis. O medo de que o Brasil vire uma África do Sul do Apartheid, só que na seara do Meio-Ambiente, chegou às portas do Palácio do Planalto, circo onde mora o Bozo do Inferno. Lembremos: a África do Sul sofria uma série de sanções por conta da discriminação racial que empreendia como política de Estado. Não se pode considerar a destruição desenfreada da floresta uma ação estatal, dadas as palavras do Palhaço e as suas prioridades orçamentárias? Para alguns chefes de Estado de países sérios, feito uma França, sim.
Bozo ensaia alguma tentativa de evitar que produtos brasileiros sejam renegados mundo afora. A própria cooperação econômica União Europeia/Mercosul, apresentada como grande trunfo do seu desgoverno, corre risco. O presidente age para tentar conter danos vindos dele mesmo. Ocorre que a chancela para desmatar já foi dada. A desmoralização de órgãos de controle ambiental já está deflagrada. Pelo Ridículo Presidente. Como ele reverterá o significado das imundícies sobre a preservação ambiental que saíram de sua boca? É difícil reverter a maré... E é impossível imaginar esse sujeito desqualificado apresentando qualquer solução para o que quer que seja. O homem não tem preparo para ser um líder de sala de escola, de turminha de quinta-série. Esse é o Brazil.

A felicidade conjugal do casal Moro

Hoje me contaram, e mostraram, que a Mulher do Juizeco de Curitiba alardeou, via redes sociais, que estava com a mesa posta para receber o marido para o jantar. Aproveitou para provocar as feministas, dizendo que até trabalha, mas o que gosta mesmo de fazer é cuidar do marido (as palavras não foram essas, mas o sentido é esse).
Achei estranho. Nada mais, nada menos que estranho.
Esse negócio de redes sociais pira as pessoas. É esquisitíssimo esse exibicionismo festeiro, que faz com as pessoas sintam necessidade de celebrar de modo extravagante algo comezinho como uma mesa de jantar e a rotina do dia qualquer de um casal. Qual a necessidade de pôr na "radiadora" essa suposta felicidade conjugal? Chega a fazer desconfiar de que a coisa anda exatamente pelo avesso do que alega o exibicionista... Como me dizia uma cronista que li outro dia, no futuro ainda veremos as redes sociais do mesmo modo que enxergamos o cigarro hoje em dia - um produto cafona, incômodo e que só faz mal à saúde: assim são as redes sociais e assim serão unanimemente consideradas!
Concordo. Vamos em frente, pois a roda da fortuna não para de girar. Que o diga Sergio Moro, em seu novo status de Ministro Patinho Feio, com direito a levar coices dia sim, dia não, do Presidente Energúmeno...

domingo, 11 de agosto de 2019

Dia dos Pais

Nunca foi fácil. Nunca será. Ser pai é uma obra em andamento perpétuo, sem direito a regras de engenharia. Tragicamente, é uma construção em que haverá erros, inclusive graves. É difícil, é sofrido é desgastante - e por isso ganhei meus primeiros cabelos brancos após a paternidade.

Mas assim é a vida, assim são seus ciclos - e aqui estamos nós. Façamos o melhor possível. Só assim há a chance de ser um bom pai. Só acerta quem está disposto a errar... Talvez a boa vontade de tentar fazer o que é melhor seja recompensada com importantes acertos. É assim que procuro me guiar nessa via repleta de névoa. O futuro é complicado, sempre foi, e ser pai é projetar a vida para o futuro, para um arco de anos incalculável, inabarcável por uma pobre vida de um homem, que, quando muito longeva, chega a meros cem anos - um nada na frente da imensidão da História humana, uma rotunda insignificância diante da vastidão do universo.

Tudo leva a concluir que o melhor é pensar no aqui, no agora, no que dá para fazer de melhor no momento. É agora que a nossa margem de manobra existe e é aqui que podemos fazer a diferença.

Façamos.

Feliz dia para todos nós.

Enlouquecimento e imobilidade urbana

Só pode existir uma correlação forte entre o elevado grau de agressividade nas relações interpessoais, do qual muitos reclamam, e as longas horas despendidas em engarrafamentos, situação a que a maior parte da população é submetida, todos os dias, nas grandes cidades brasileiras.

É de nos dar um ar melancólico a lembrança da oportunidade perdida, em matéria de evolução da mobilidade urbana, que foi a inserção no país na agenda de megaeventos mundiais nesta década, e mesmo na que a antecedeu. Mais que isso. Para muitos, além sentimento de tristeza, é de causar fúria a lembrança de que a Copa do Mundo de 2014, no âmbito nacional, e as Olimpíadas de 2016, no estado do Rio de Janeiro, foram vendidas à população como uma promessa já cumprida de revolução na qualidade de vida das metrópoles. Nada de extraordinário é visto, a não ser os diversos elefantes brancos espalhados pelo nosso território, sem falar nas obras atrasadas que vão se arrastando até hoje.

São muitas horas desperdiçadas em filas quilométricas de engarrafamento. Isso faz extrema diferença na vida familiar, sem a menor sombra de dúvidas. Há casos de deslocamentos, que em situações normais seriam irrisórios, gerarem dispêndio de tempo de horas. Distâncias de menos de 20km demandam, por vezes, uma hora, duas — ou mais —, de afobação em ruas coalhadas de carros. E de motoristas mal humorados.

O transporte coletivo é uma situação da qual todos querem distância, a verdade é essa. Quem pode, corre dele. Salvo os abnegados, cuja consciência ambiental e de outras naturezas é maior do que o desconforto de horas a fio em pé, acotovelando-se por cada milímetro de espaço dentro de um ônibus quente e caindo aos pedaços. Os demais correm para as concessionárias, a fim de fazer a aquisição de seu veículo automotor próprio, agravando o estado perpétuo de engarrafamento das artérias das grandes metrópoles. Com o estrangulamento das vias de trânsito, quem se vê em vias de enfarto do miocárdio, ou de um derrame cerebral, são os motoristas, os passageiros do transporte público e os pedestres, estes últimos tendo direito a ver as calçadas onde trafegam invadidas por motos e até mesmo por carros.

Não há muita mudança a vista no horizonte. Não em sentido positivo. Há propostas políticas que versam sobre a flexibilização da autorização para o uso de arma de fogo, o que talvez provoque o efeito de aumentar o número de armas circulando em meio às pessoas no cotidiano. Os efeitos de horas no engarrafamento, somados a uma pistola no porta-luvas, são um ingrediente certo para tragédias. Receio me deparar com pessoas que, ao invés da buzina, farão emprego de disparos de armas de fogo, na ânsia por resolver o estado de paralisia que em se vêem encerradas.

Sentiremos, por incrível que pareça, falta da irritação provocada pela algazarra das buzinas. Embora buzinas não confiram asas aos condutores que dela tanto abusam, elas têm a virtude de não levar ninguém, pelo menos em estado normal de saúde, ao cemitério. Já as armas de fogo mandam gente para o caixão, feitas que foram para tal.

O estado de Pernambuco, em certa ocasião, fez uma série de propagandas em que dizia que as pessoas assassinavam umas as outras por motivos fúteis, razões que, caso houvessem pensado por uns segundinhos a mais, julgariam desprezíveis diante da perda da liberdade — as propagandas terminavam com o assassino preso, adequadamente atrás das grades. Na ânsia por chegar mais cedo ao seu destino, duvido muito  que as pessoas munidas de arma de fogo pensem demais antes de efetuar disparos. Temo pelo aumento de homicídios por discussões bobas no trânsito.

O ideal seria uma pletora de proposições que tivessem por objetivo reduzir o sufoco que as pessoas passam no trânsito, elidindo o desperdício de tempo de vida em filas de engarrafamentos. Seria mais salutar para as pessoas, digno da necessária higidez física e mental para uma boa convivência familiar, que todos gastassem um tempo razoável em seus percursos de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Não é o que se vê. A mobilidade urbana não está nem em segundo plano. Sequer se fala no assunto, pelo menos no espaço da alta política nacional.

Enquanto isso, as pessoas vão tendo mais um motivo para adoecimento físico e mental, para desenvolvimento de estresse e de seus consequentes malefícios laborais e familiares. Não é de surpreender que muitas pessoas, já pela manhã, estejam exaustas, antes mesmo de chegar ao trabalho, graças à estafante jornada de transporte a que são submetidas. Não há dúvida de que é um fator de redução da produtividade. Atrasos são uma constante, por exemplo. À noite, então, como chegarão em casa, moídas pela carga laboral e por mais um percurso no delicioso trânsito da urbe em que habitam? É um óbvio prejuízo para a boa convivência familiar, mais um fator para a desestabilização dos lares.

Engarrafamento adoece mentalmente. Não é preciso ser um grande especialista no assunto para perceber a gravidade da situação. Vem desse estado de coisas uma grande parte da loucura cotidiana que visualizamos. É possível que o desejo de alguns dos altos formuladores de políticas públicas seja esse, de ver as pessoas sofrendo no tráfego. Tal suplício pode impedir as pessoas de pensarem. Pensar é perigoso para a classe poderosa, sempre foi. O dispêndio de tempo pode impedir as pessoas de, dentre outras coisas, buscarem informação mais qualificada. A imobilidade urbana pode ser o real projeto do Estado brasileiro para a matéria.

É pena que a incúria de outrora para com o estado da (i)mobilidade nas cidades em nosso país esteja sendo reiterada. A matéria se vê novamente relegada a um lugar esquecido, desprezo levado a cabo através de discursos pirotécnicos, que fogem do foco das aflições dos cidadãos. As pessoas demandam, com toda justeza, respostas para suas chagas sociais. O que vemos, entretanto, é um festival de medidas anunciadas de forma bombástica como soluções miraculosas e que, em verdade, são a crônica de uma morte anunciada. Mais que isso: a crônica de milhares de mortes anunciadas.

Parar, pensar e respirar, sempre

Consequencialismo, meus caros, empreguemos isso em nossas vidas. Havemos de ter consciência de que aquilo que fazemos acarretará circunstâncias ulteriores — nem sempre favoráveis. Daí a necessidade de, ao decidir, parar para pensar, de forma atenta, com toda a concentração a que a gravidade da decisão obrigar. Não tomar decisões cardeais, e mesmo as banais, de forma açodada é uma das receitas indispensáveis para bem formular o processo decisório, qualquer que seja ele. Tal diretriz é uma semente fértil, capaz de produzir bons frutos, e que possui em seu DNA a capacidade de erradicar a erva daninha do arrependimento.

Há ocasiões em que é praticamente certo que um caminho que estamos percorrendo levará a um resultado desagradável. Mas, contra todas as indicações da razoabilidade, optamos por trilhá-lo. Nos autossabotamos. Haveremos de reclamar da nossa sorte quando o destino nos revelar a inadequação de nossa escolha?

Nasce uma fundada preocupação em meu espírito ao me deparar com as opções que o homem comum — condição na qual estou inserido — vai tomando, de forma irrefletida. O desdém pelos procedimentos democráticos que é desvelado pelo clamor por uma "intervenção militar", por exemplo. A quê se pretende chegar com tal elogio? Sem maiores reflexões, que com absoluta certeza não ocorrem a quem encampa tal desejo, as pessoas abririam mão das virtudes democráticas para, supostamente, se verem livres das imperfeições do estado atual das coisas, tudo em troca de um passado inexistente, no qual não havia democracia mas, supostamente, haveria honestidade e honradez, onde o autoproclamado "cidadão de bem" não estaria a mercê de elementos que seriam perpetradores da imoralidade ampla geral e irrestrita. Não é a verdade que mostram os livros de História. O passado idílico da era autoritária é uma fantasia alimentada pela falta de reflexão e de informação.

A falta de medida das consequências das nossas escolhas é crônica. Permeia todos os campos de nossa vida. Vemos isso, para dar mais exemplos, nos diversos meios profissionais. Vislumbramos no dia a dia atitudes esdrúxulas de chefes que, ao cabo, se voltam contra os próprios gestores, a quem faltou o bom senso de fazer um pequeno balanço de prós e contras sobre a decisão que estavam tomando. Lembro agora do caso de um gestor de uma grande empresa do ramo financeiro que diariamente, em um dado horário, condenava seus subordinados ao inclemente calor de uma das capitais do nordeste: sem maiores explicações, sem nenhuma consideração pelo conforto térmico dos pobres bancários, mandava desligar o ar-condicionado. Gerou diversas reclamações que, somadas a parcos resultados da unidade por ele comandada e a outros inconvenientes causadas pelo desastrado gerente, acabaram por provocar o rebaixamento do inconsequente comandante da unidade de negócios.

A paciência se alimenta de tempo e de respiração, contava-me minha mãe, ainda outro dia. Sábias palavras, as quais tentarei pôr em prática no meu dia a dia. Parece de bom alvitre respirarmos mais. Duas, três, quatro vezes, oxigenando o cérebro com o necessário tempo para a tomada de decisão menos estabanada, consentânea com o bom senso e com uma vida social harmônica — seja na esfera pública, no trabalho ou no meio familiar.

Que o estresse do dia a dia, a pressa, a ânsia por fazer mais e melhor, e em segundos, deixem de ser desculpas para a falta de reflexão. Precisamos pensar mais. Lembrarei das palavras de minha mãe: "a paciência come respiração". Cevemos a nossa paciência. Colheremos melhores resultados. Em todos os campos da experiência humana.

Jair Messias Bolsonaro, o cinéfilo

O presidente acha relevante comentar o que para ele são deméritos do filme "Bruna Surfistinha", com o objetivo de questionar a forma de financiamento, com dinheiro público, do cinema nacional.
Ridículo. Pois é ridícula a "ofensa" que sentem os autoproclamados virtuosos morais com esse filminho para adolescentes punheteiros, adultos solitários, sociólogos, antropólogos, filósofos, psicólogos, policiais, sacerdotes - ou apenas um casal de funcionários públicos que quer passar um tempo junto numa noite perdida de uma sexta-feira qualquer, após a pizza sagrada. De resto, é um filme "assistível". Divertimento light, a despeito da história pesada. Há até o bom e velho final feliz, o que, de certa forma, aproxima o troço do sempre bem-vindo conto de fadas. Nada demais em "Bruna Surfistinha".
A verdade é que as pessoas que se ofendem, ou se dizem ofendidas, não sabem o que é uma boa duma putaria. Putaria que, aliás, é coisa muitíssimo da saudável, agradável e inocente. Havendo consenso e maioridade legal entre as partes - e proteção contra DSTs, claro -, vale tudo, nessa que é uma das mais deliciosas experiências do ser humano. É preciso parar de ter medo de putaria.
Quanto ao assunto específico da película, esse filme da Bruna Surfistinha é peça com conversa de Sessão da Tarde. Só ofende quem não a viu - mas mesmo assim não gostou - ou quem é doentiamente pudico. É um filme que conta uma historinha que despertou interesse nas pessoas, goste-se disso ou não. Se chamou tanto a atenção e existe o financiamento público, por quê não recebê-lo, por quê não concedê-lo à história cinegrafada dessa ex-meretriz que, embora com méritos que se possam considerar duvidosos, alcançou tamanha notoriedade e despertou tamanho interesse? Mais que isso, o filme trata, ainda que tangencialmente, de questões pungentes de nossa sociedade, e.g., a proeminência da internet, dos blogues, redes sociais e quejandos na contemporaneidade, influindo de forma maciça na vida humana. Dito em português direto: Bruna Surfistinha é uma ex-puta que cresceu e se tornou famosa graças à internet. Do mesmo modo que Jair Messias Bolsonaro - um ex-militar de carreira medíocre, parlamentar do baixíssimo clero, um homem tosco e ridículo - alcançou a presidência. Via internet.
Curiosa similaridade. Pensando bem, o filme parece demais com o surgimento do líder do Brasil de hoje. Talvez por isso Bolsonaro o ache tão lastimável: ele, um Presidente da República, se assemelha mais com Bruna Surfistinha do que gostaria de parecer... Estranha semelhança...
A tropa de choque virtual do presidente, os bem nominados bolsominions, não param de ressaltar que "nos EUA, sim, a coisa corre escorreita", vez que pelas plagas yankees o financiamento seria privado. Será? É engraçada a suposição de que o cinema dos EUA floresceu sem suporte público... Muito engraçada MESMO! Hoje em dia o governo concede isenções fiscais para os particulares norte-americanos que financiem produções cinematográficas. Ora, se o governo aceita que deixe de entrar uma certa quantia em seus cofres, desviando esse numerário para fins outros, ele está financiando, sim, com dinheiro do erário, essa determinada atividade para onde corre o fluxo financeiro. Mas isso é demais para a "ilógica lógica" dos apoiadores do presidente Bolsonaro.
Quanto aos filmes da predileção do presidente, Jair Bolsonaro gosta mesmo é de "golden shower". Entre homens homossexuais, durante o carnaval. Vivi 36 anos sem saber que existisse essa espécie de manifestação sexual - contra a qual nada tenho, é de se sublinhar - em época de festa carnavalesca. Foi preciso que Jair Messias Bolsonaro se tornasse presidente para que eu tomasse conhecimento de tal prática. Muito lúdico, pedagógico e culto, o nosso presidente. E puro.
Podemos conhecer muito o rol de prioridades de uma pessoa pela espécie de filme que ela assiste, pela espécie de assunto sobre a qual insiste em tagalerar, pela arte que aprecia. Outro dia, assisti em ritmo de maratona a série "Chernobyl", da HBO, e a semelhança me estupefou. O Brasil atual está a cara da União Soviética dos anos 1980. Jair Bolsonaro e seu círculo nada devem ao típico político da Moscou, na chamada década perdida. Homens de extrema esquerda e de extrema direita terminam se encontrando. Na suprema - extrema - arte de ser ridículo.

Público gado, gado público

É muito fácil enganar o público hoje em dia. Primeiro, há a necessidade de alguém com dinheiro para te bancar. Já se começa com a alma vendida. Vencida essa etapa, você expõe ao público uma história vencedora, via internet (sendo um youtuber ou digital influencer), diz que você mesmo é a "novidade em alguma coisa" (e.g., a cara da tal da Nova Política) e pronto. Milhões acreditarão. Resultado: não só temos um Parlamento digno de um manicômio do séc. XIX ou inícios do séc. XX, como temos um presidente digno da parte insana da Realeza Portuguesa (D. Maria Louca, p.ex.), aquela família real maravilhosa que "construiu" isso a que damos o nome de Brasil, com os métodos que todos conhecemos. O "consolo" que tenho é que o fenômeno possui natureza mundial. Donald Trump nos EUA, Boris Johnson no Reino Unido etc. Além disso, não há males de natureza eterna na História da Humanidade. Estamos vivendo o fim de um ciclo, ou mesmo de vários. A Nova República Pós-1988 está desmoronando. A Era da Verdade acabou (se é que um dia se pôde falar nela). Vigora a pós-verdade, o sujeito simplesmente dispara mentiras a torto e a direito e, graças a elas, é eleito. Welfare state? Ninguém mais sabe o que foi isso. É tudo muito positivo, no final das contas. Mas como assim? O que há de bom nesse cenário apocalíptico? O fato de que algo realmente novo surgirá, após a implosão de toda a ordem que conhecemos. O ruim é que ainda estamos no começo dos problemas. As coisas ainda piorarão demais até que o bom senso volte a ser moda. Resta torcer para que as caras da tal da Nova Política no mundo ainda deixem uma sobra, algo no mundo que ainda possa ser reconstruído...

Resposta padrão a uma invectiva de bolsominion ou Bolsominion detected.

"Começou. Que coisa linda ouvir lunáticos desse calibre falando. Prezado, você é um alucinado. Pior do que qualquer nóia, craqueiro, ou coisa do gênero. Você está chapado pelo bolsonarismo. Você é um bolsominion, logo, NÃO TE RESPEITO. Passe bem, doidinho. Sendo mais claro e menos gentil, pois você simplesmente não merece gentileza: VÁ TOMAR NO CU. PS. Após, procure ajuda psiquiátrica. Votar em Jair Messias Bolsonaro é sintoma de adoecimento mental. Ou de não resolução sexual. Saia do armário, seja lá qual o grau da tua perversão."
Explicação: estou escrevendo isso em resposta a qualquer comentário alucinado dessa turminha nada legal. Quem tem saco sem fundo é Papai Noel. Bolsominion tem mais é que ouvir verdades. Eu não tenho paciência. Bolsominions do mundo, fodam-se.

A melhor época da minha vida

A melhor época da minha vida. Era o tempo em que o sujeito imbecil, no máximo, quando fazia suas besteiras, dizia ter Deus no coração. Não acontecia nada. Os dias atuais são muito piores. Tóxicos mesmo, sem o mínimo de saneamento básico. Literalmente. O sujeito imbecil de hoje tem Jair Messias Bolsonaro na barriga, no estômago e nas tripas, e o ânus onde, antes, ficava a boca. O resultado é o Brasil de hoje.

As coisas se ajustarão

Eu tenho paciência, resiliência e perseverança para esperar. Chegará o dia em que as coisas estarão no seu lugar devido. Ainda viverei para me deleitar com Sérgio Moro e Deltan Dallagnol devidamente embrulhados em sacos azuis, empacotadinhos e emporcalhados com chorume, na LATA DE LIXO DA HISTÓRIA. O tempo não para. E a vida dará razão a quem nunca acreditou nesses canalhas falso moralistas. Eu me orgulho por nunca ter me encantado com o autoritarismo ilegal e indisfarçado desses dois imorais.

Afetividade na coisa pública: dá merda

A afetividade aplicada à coisa pública é uma merda. O diabo é que nossa cultura política é simplória demais, nos levando, sempre, a agir com emotividade onde caberia apenas, pelo bem comum, a racionalidade. Aderir a um político de forma irracional é como se comportar tal qual a mãe que vai ao presídio todo fim de semana levar a marmita do filho amado para obter notícias sobre seu estado de vida. Perguntada sobre a gravidade do ilícito que levou o rebento ao presídio - latrocínio -, limita-se a dizer: "doutor, quando me falam que fulaninho fez essas coisas, não acredito. Tudo em que penso é nele, pequenininho, nos meus braços, com aquele olhar cheio de amor para mim". Li algo assim no livro de Dráuzio Varela sobre o Carandiru. As palavras iam nesse sentido, no trecho ora recordado. Nesse caso, a moleza da mãe é justificada. Amor incondicional, entre mãe e filho, é totalmente justificado. Ser pai ou mãe é um liame irrevogável. Você vai com seus filhos até o inferno, sem precisar se explicar. Todos nós entenderemos.
Entretanto, um gestor público que age dessa forma é um criminoso. Um cidadão que elege suas preferências políticas nessa base, um tolo. As redes sociais elevam à enésima potência essa emotividade nossa de cada dia. Foi assim que Jair Messias Bolsonaro virou presidente. Esse tipo de expediente midiático - redes sociais, memes e ódio - levou Sérgio Moro à condição de Juiz celebridade.
Eu tenho severas restrições em relação a amor, ódio e paixão na vida pública, na seara da política. Esses sentimentos não levam a coisa boa. A Alemanha nazista nunca me deixará mentir, com sua História pesada - e indelével. O Brasil de Jair Messias Bolsonaro está se tornando caso para estudo sobre autoritarismo, a largas passadas. Só torço para que a sua escalada de violência não seja tão explícita como foram os fornos de cremação dos campos alemães. Confrontados com o livro "Minha Luta", da lavra de Adolf Hitler, os alemães da era das ascensão do Führer à Chancelaria do Reich diziam que o sujeito "estava brincando", que "ele não é mais assim". Tal qual a benevolente mãe que visita o filho latrocida e apenas pensa na inocência de sua passada infância. "Ele só está brincando. " Eu ouvi essa conversa ano passado, incontáveis vezes. E, assim, com essa seriedade no trato da vida coletiva, Bolsonaro é o nosso presidente. Deus nos ajude.
Apesar de tudo, consigo ser feliz. Apesar de tudo, consigo ser feliz. Apesar de tudo, consigo ser feliz.
Tenho saúde, emprego, salário, casa, mulher, filho, carro, cerveja, dose de cana, comida, sabonete para o banho, cama para dormir, amar e sonhar, tempo para pensar e escrever. Tenho futuro, embora esteja na tal da meia idade. Acho o mundo desmantelado, cheio de problemas, complicado demais, repleto de feiura, com pessoas chatas, muito cheias de certezas. Mas é o que temos. Nunca considerei a possibilidade de ser agente de mudança no mundo. Sempre tive a certeza de ser um cara sozinho, no meu canto, ensimesmado, pensativo, leitor e escritor, um tanto quanto indiferente à realidade. A vida, em sua beleza e exuberância, é feia demais para ser levada muito a sério.
Apesar de tudo, consigo ser feliz. Apesar de tudo, consigo ser feliz. Apesar de tudo, consigo ser feliz.
O mundo cumprirá a sua sina, quer eu queira, quer não, quer ou goste, ou não curta. Não é rede social. As consequências virão. E eu sei delas. Conheço a irreversibilidade de uma série de escolhas que, sozinho, não teria feito, mas, em conjunto, respondo por elas - infelizmente eu faço parte da humanidade. Gosto de brincar dizendo que, na próxima encarnação, teria muito gosto de viver entre bodes. Adoraria ser um pastor. Não é brincadeira. A complexidade do ser humano o tornou frágil demais. De açúcar. De vidro. Não aguenta chuva, não suporta pancada. Eu tenho medo de tratar com o ser humano. Pretendo ser pastor, na próxima parada...

Seja feliz, Lucas

O mundo não é para amadores. É por isso que estamos aqui. Não curto, não gosto e não queria - mas assim é a vida. Eu tenho que aproveitar. Seja feliz, Lucas! Eu me direi isso todo dia. E assim a vida seguirá seu curso.

Cada macaco no seu galho

Cada um tem seus problemas. Eu não tenho tempo para apontar o dedo acusador para a vida dos outros. Nem interesse. Cada um que cuide da sua vida. Que toda pessoa abrace a causa primordial, a sua própria vida. Teríamos um mundo infinitamente melhor, se assim fosse. Gosto de me preocupar com soluções para meus próprios problemas. A vida alheia não me interessa. Estou muito ocupado saneando o espaço do meu bem-estar.

Risada, risada e risada

Pequenos contratempos devem ser tratados na base da risada. Não adianta a fúria do poder do tiro de um tanque de guerra para massacrar um mosquito: você errará o alvo e destruirá o que está em volta, com prejuízos indesejáveis. É melhor sorrir diante de um mero aborrecimento.
Mesmo o problemão, o infortúnio extremo, precisa ser remediado com cautela. Raciocínio na busca de solução efetiva é o melhor elixir. O único santo remédio.
Fácil aplicar isso? Não. Mas estou tentando - e já colhendo alguns bons resultados. Melhor insistir!

Felipe Santa Cruz versus Jair Bolsonaro

Jair Messias Bolsonaro tripudia. Espezinha para o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, a morte do pai deste último, exterminado nos porões da Ditadura Militar Brasileira. Uma atitude extremamente cruel. Coisa de bárbaro.
No ataque pessoal, de lambuja, ele pretendia brutalizar a OAB. Conseguiu. Nunca li sobre um homem público contemporâneo, em qualquer país, avançar sobre uma instituição do escol de uma OAB com tamanha brutalidade. Age conforme esperado, contudo. E atua de forma cada vez mais explícita. A cada semana o sujeito parece mais desgovernado.
É método. Esse é ele, com a mente doentia cada vez mais desnuda. Não, meus amigos, ele NUNCA ESTEVE BRINCANDO, como diziam que estava, em época de pleito eleitoral. Quem brincou foi o povo brasileiro, na hora do voto, no triste ano de 2018. As consequências virão. Resta saber a escala. Um sujeito que demonstra amor pela tortura, fã do verdugo Carlos Alberto Brilhante Ustra, jamais seria um presidente respeitável. Não em um país hígido do ponto de vista mental. O país está doente. Quem ainda tem dignidade humana no juízo e um mínimo de princípios éticos e/ou religiosos jamais poderia considerar normal a escala de acontecimentos verbais que estamos a assistir no exercício da Presidência da República.
Há pessoas que enxergam esse absurdo, por um mínimo de sorte que o país ainda possui. E a única esperança é que, dentre essas pessoas, as que têm capacidade de virar o jogo decidam agir. Ainda dá tempo de evitar um desastre em larga escala. Será que existe alguém com princípios éticos dignos da Carta de 1988 no STF, por exemplo?

O boi de piranha da Lava Jato

Se resolvem aplicar a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público ao famoso procurador celebridade da tal "Lava Jato", a coisa pode ficar séria para o rapaz, que passará a precisar passar por um potente requalificação profissional. Basta dar uma rapídissima lida no art. 44 da retrofalada lei. A estorinha das palestras feitas sob medida, tão somente para ganhar dinheiro - atividade comercial ou propina pura e simples -, os tais outdoors com a face do sujeitinho espalhados por aí - atividade político-partidária sem disfarces etc. Há vários "empreendimentos" do carinha que são vedados pela LONMP. Desde que as vedações inerentes à atividade sejam levadas a sério, não sejam mera conversa para tornar bonita uma lei, para dar ao diploma um ar de Carta de 1988. É difícil crer que não impere o velho corporativismo de sempre no caso do super-herói de araque do MPF na "Lava Jato", mas, se resolverem não passar a mão na cabeça do dito cujo, a coisa se complicará para o seu lado. O caso (levado a sério, sem patrimonialismo, com o rigor que as vedações aos membros do MP, em situação normal, imporiam) é para expulsão de Deltan Dallagnol das fileiras do Ministério Público Federal.

Um casal que é a cara do momento atual do Brasil

Neymar e Nagila ❤️

O caso do Padre Fábio de Melo

Uma menininha cai pela janela do seu apartamento em São Paulo, do sexto andar, numa noite do fim de março de 2008. Teria sido atirada por assaltantes, alegou o pai. A polícia não comprou a conversa, foi adiante nas investigações. O pai e a madrasta foram indiciados por homicídio. O inquérito policial originou um processo, que redundou na condenação do casal pelo Tribunal do Júri a que foram submetidos. A pena foi alta. Mais de trinta anos de prisão. Neste ano de 2019, Alexandre Nardoni sairá do presídio no Dia dos Pais. Após, retornará para cumprir a pena normalmente.
Um famoso sacerdote, desses com presença constante na mídia, emite o juízo de que presos na situação do acima indicado apenas poderiam sair no Dia de Finados, para visitar aqueles que assassinaram. Soou para alguns um pouco como suplício da mais pura tortura psicológica. Eu não tive boa impressão sobre o que o Padre falou. (Pareceu uma pessoa ávida por agradar um certo tipo de pensamento social muito em voga no país de hoje.) A má impressão foi generalizada. Dado esse efeito, o Padre foi bombardeado através das redes sociais.
Nesse quadro, Padre Fábio de Melo decide sair do Twitter, a fim de, em suas palavras, zelar por sua sanidade mental. De fato, fez um comentário inadequado. Pareceu coisa de quem se mete a falar sobre o que não entende - ou, pior, de quem quer "surfar numa nova onda de sentimento social". Ele questiona a saída do Alexandre Nardoni no Dia dos Pais. Nardoni que, como sabemos, foi condenado pela morte da filha. É paradoxal por um lado. Mas, por outro, Nardoni tem pai. Lembro do pai do sujeito dando várias entrevistas nos meios de comunicação. O velho foi atuante na defesa do filho. Lembro da expressão de sofrimento daquele senhor. Tinha a neta morta e o filho acusado pelo crime. Uma situação terrível, todos havemos de convir. Alexandre Nardoni tem pai. E mais. Tem outros filhos. Esses deveriam ser privados de ver o pai que tem no Dia dos Pais? Com todos os defeitos que possa ter, Alexandre Nardoni ainda tem dois filhos no mundo. O pai não deve mais ver seus filhos por ser um assassino? Que recuperação se pretende para um sujeito em tal circunstância? Como se restabelecer na sociedade sem ir retomando, aos poucos, o convívio familiar? Digo isso considerando o lado emotivo da coisa - que é só o que se enxerga nas redes sociais, nessas horas.
Por outro lado, o jurídico, a saída nesses "dias sagrados" pouco tem a ver com as vítimas. São saídas que, em tese, integrariam a nova inserção do sujeito na sociedade. O Direito Penal e o Direito Processual Penal, no momento da aplicação da pena, pouco tem a ver com as vítimas, essa é a realidade. Não significa menosprezo por quem sofreu mácula em sua integridade. Não é menoscabo por uma inocente assassinada de modo covarde. É que o cuidado em relação às vítimas é de outra esfera. Essas, quando sobrevivem, são assunto de psicologia, psiquiatria, saúde pública, políticas públicas, assistência social etc. Isso quando sobrevivem. Quando morrem, infelizmente, não voltariam ao mundo por maiores que fossem os castigos impostos ao homicida.
Após o anúncio de sua saída da rede social, o Padre deu mais bobeira (em minha opinião). Se "credenciou" para falar sobre o tema alegando ter trabalhado na Pastoral Carcerária. Aí que ficou feio mesmo (aos olhos dos que o detonaram). O sujeito não demonstra ter essa noção básica que expus um pouco antes, da finalidade ressocializadora da pena, porém, ao que parece, julga-se um especialista em política de reinserção social de egressos do sistema penal por ter atuado na Pastoral Carcerária... Fica complicado, difícil de ser levado a sério.
É verdade que nada justifica o cara ser espinafrado pelo lado pessoal, que se joguem no ventilador problemas psicológicos que o Padre relata ter e tudo o mais que foi feito via mídias sociais contra o clérigo. Mas esses Facebooks da vida têm uma grande mazela: seus usuários se sentem tarimbados para falar sobre todo tipo de assunto, em especial acerca daqueles cujo entendimento possuído pelo "produtor de conteúdo" é zero. Dá no que deu para o Padre.
O mais provável é que o Padre nem tenha falado de má-fé. Com certeza, analisando melhor, não foi por ignorância. Já o vi falando. É um cara ponderado. Fala muita coisinha bonitinha, chata mesmo, talvez até banal, mas não é nada que ofenda ninguém. Pelo contrário. Muita gente gosta. É a primeira vez que tenho notícia dele falando algo estabanado. Isso me leva à seguinte conclusão: penso que foi outra vítima de um fenômeno comum nas redes sociais: a emissão de opinião "no quente da hora", sem reflexão, sem a necessária medida de consequências das palavras.
Eis a processualidade do fenômeno: O cara escreve. E "posta" de imediato, sem revisar o texto para passar a limpo, digamos assim. Só com essa digestão é que se deveria divulgar o conteúdo, penso eu. A pressa das redes sociais não permite a metabolização adequada das ideias. Aí dá nisso. O cidadão, por mais bem intencionado que seja, "posta", porém desliza, fala algo inapropriado, e a galera "dá o print" - salva a imagem do texto malsinado e torna a coisa sem solução. Após, nem adianta se arrepender. O negócio "tá na nuvem", sem chances de ser apagado, sem direito a ser esquecido - para desgraça de quem o fez.
Com certeza os livros do Padre não saíram da gráfica em processo similar. O que me leva a uma nova conclusão: temos que ter cuidado com o que lemos nas redes sociais, mesmo que venha de pessoas que podem ser consideradas formadoras de opinião. Elas também estão contaminadas pela afobação própria de Instagrams e Twitters. As redes sociais tornam as pessoas pouco confiáveis, mesmo as portadoras das melhores intenções.
Eu ainda prefiro ler um livro. Não pretendo ler o Padre. Mas com certeza não veríamos um Fábio de Melo tão precipitado nas obras de sua lavra.

Quando o Diabo vira um interlocutor razoável

Há um segmento social com quem o diálogo racional se tornou uma impossibilidade absoluta. Digamos que seria melhor entabular uma conversa com o próprio Satanás, o Inimigo.

Preservando a saúde

Restringi muito o convívio social. Ir a um churrasco, p.ex., hoje é um problema. Você não sabe o tipo de alucinação - ou mesmo de agressão - com que irá se deparar. Optei por não conviver com todo tipo de gente.
Não dá para dialogar com certos tipos, é cediço, e aí, para não enlouquecer, o sujeito nota que precisa se preservar, ficar longe de determinados perfis. Tem sido ótimo ficar em casa lendo, vendo filmes/séries/documentários, bebericando e conversando por aqui mesmo.